domingo, dezembro 13, 2009

O lápis na má formação humana

Lápis é para os fracos. Sim, para os fracos. Não digo isso baseado em nenhum estudo científico, digo isso porque alguém tem de dizer, mas ninguém diz, não por má vontade, ninguém diz isso por vergonha. Vergonha por ser hipócrita, afinal, todos (ou quase todos) usamos o Lápis na vida.

Desde os primórdes da educação infantil somos induzidos pelos educadores a usarmos o lápis, e o objetivo deste uso não é nada mais nada menos do que a facilidade de excluirmos os erros, apagando-os e posteriormente refazendo de modo correto, tantas e tantas vezes seja necessário. Esse ato de usar o lápis vem da ideia de proteger-nos de erros grotescos e primários, fazendo então uma correção apagando então os vestígios de nossa inevitável ignorância, inevitável por sermos presos a um mundo amplo, multi-lateral e complexo, aonde a ignorância é uma característica humana.

O que nossos educadores não contavam, porém, era que ao apagarmos vestígios de nossos erros e de nossa ignorância estavamos, também, sendo educados de forma proterora e errônea, afinal não devemos mudar o mundo para nossos educandos mas sim prepara-lo para este. E o mundo atual não permite ensaios, borrachas e perda de tempo. O mundo é rápido, dinâmico e excluidor, desta forma nossos educandos necessitam raciocínio rápido e lógico, de forma contrária as portas se fecham e oportunidades se vão. É claro que é inevitável que erros aconteçam, mas do mesmo modo que quando escrevemos de caneta e rabiscamos nossos erros, fizemos com nossas vidas, obviamente, o rabisco denegre com a imagem do caderno ou texto, porém, denegre da mesma forma que os erros denegrem nossa vida (ou imagem que vem, e vemos, dela).

Por fim, queria citar um ditado chinês, "Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida".

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