Em todo lugar que se vai só se houve falar do GreNal, não é a toa que este clássico é considerado um dos maiores, se não o maior do mundo, nos dividimos em gremistas e colorados, como se dividiam os maragatos e chimangos antigamente, para uma peleia tradicional que vale muito mais que um simples jogo, como as mulheres costumam dizer, um GreNal vale a honra, a honra de ser melhor que o adversário ou mediante as péssimas campanhas dos times, a honra de ser o "menos pior".
Talvez não pior que os nossos policiais que além de serem mal preparados e em sua maioria corruptos, agora agem como ladrões roubando um rapaz que fora espancado até a morte no Rio de Janeiro, aquele mesmo Rio de Janeiro que foi escolhido como sede de uma Olimpíada, aquele mesmo Rio de Janeiro que tem, em média, dois policiais da polícia federal expulsos por dia.
Não tão longe das praias cariocas, a Excelentíssima. Governadora do estado do Rio Grande do Sul, a Sra. Yeda Crucius obteve arquivamento no pedido de impeachment e ainda saiu nas rádios falando pra quem quisesse ouvir que era uma vítima de uma grande injustiça, situação na qual me fez sentir pena, pena de mim mesmo, que creditou em uma pena severa, que serviria tanto de exemplo como de combustível para que as futuras gerações lutassem contra o que a nós fosse imposto, e fizesse o que geralmente é feito no futebol, torcedores gritando, cantando, empurrando o seu time. Pedindo justiça como se pede raça, pedindo transparência como se pede gols e não aceitando corrupção como não se aceita o Roth.
No fim dos anos 80, os jovens brasileiros foram às ruas, lutaram pelo movimento "Diretas Já", mais tarde pela saída do Collor, sinto saudade daquele tempo, mesmo sem ter participado dele, as pessoas eram ao menos alienadas suficientemente para achar que poderíamos mudar o mundo, mesmo no fundo sabendo que não poderiam como diria o Humberto Gessinger: "por amor as causas perdidas".
O futebol também segue o mesmo caminho que os outros ramos da nossa sociedade, os dirigentes se preocupam mais com marketing do que com gols, os jogadores em ganhar dinheiro e não tem mais identidade nenhuma com o clube que geralmente só serve para impulsioná-lo para centros maiores que remuneram de melhor forma. Por essas e outras o futebol está perdendo sua essência, o futebol tem se tornado um negócio, assim como a política, como a polícia, como todos os segmentos do mundo capitalismo.
sexta-feira, outubro 23, 2009
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Belo texto Lubi... :P
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